Mobilização contra a privatização das distribuidoras de energia será uma das bandeiras de luta dessa campanha

Foi realizada na quarta-feira, dia 15 de julho, no Rio de Janeiro, a 1ª rodada de negociação entre os trabalhadores do Sistema Eletrobras e a direção da Holding. O Coletivo Nacional dos Eletricitários foi representado por um número muito expressivo de dirigentes sindicais, de todas as empresas do Sistema.

A nota negativa deste primeiro encontro foi novamente a ausência do diretor de administração, Alexandre Aniz, e do presidente da Eletrobras, José da Costa, demostrando mais uma vez a falta de compromisso para discutir a pauta dos trabalhadores.

A reunião foi iniciada pelo diretor financeiro da Eletrobras, Armando Casado, que fez uma ampla análise da atuação da Holding, dos cenários e das dificuldades econômicas enfrentadas. O CNE reafirmou que mesmo nos momentos de maior bonança dentro do setor, sempre houve grandes dificuldades em se negociar, e que com muita mobilização da categoria sempre foi possível avançar. E agora, não será diferente. A luta será maior ainda, a prova disso foi à greve por tempo indeterminado durante a negociação da PLR 2014.

Para o CNE não há espaços para o retrocesso, mesmo diante da argumentação pessimista colocada pela Holding, os trabalhadores vão buscar um ACT que faça justiça com o desempenho da categoria, como ficou demonstrado nos resultados operacionais.

A 2ª rodada de negociação está marcada para o dia 31 de julho, em Brasília. O CNE estará presente apostando no diálogo, como sempre fez, todavia, rechaçará qualquer tentativa de retrocesso.

Comissão da PLR foi formada

A luta pelo pagamento da PLR 2014 foi histórica, não apenas por garantir um direito dos trabalhadores, mas também por propiciar um debate mais profundo sobre essa cláusula do ACT, através da criação da chamada Comissão da PLR.

Durante a reunião do dia 15 de julho foram definidos os nomes dos dirigentes sindicais que irão participar da comissão: Titulares – Luciana Fonseca, Wellington Diniz, Sérgio Fonseca, Nailor Gato e David Santos. Suplentes – Fernando Neves, Fabíola Antezana, Darlan Oliveira, Edney Martins e Emanuel Mendes.

As reuniões da comissão da PLR estão marcadas para os dias 23 de julho, no Rio de Janeiro, e no dia 29 de julho, em Brasília.

Privatização das distribuidoras é a retomada da agenda neoliberal

A retomada do projeto de privatização das distribuidoras estatais pelo Governo tem sido encarada pelos trabalhadores e o CNE como uma traição. Esse sentimento se explica pelo fato destes mesmos companheiros (as) terem ido as ruas lutar pela reeleição da presidente Dilma, como forma de garantir a manutenção do projeto popular e democrático, e encerrar de vez o projeto neoliberal tucano, do estado mínimo.

É lamentável que o Governo ceda as pressões do mercado apostando em uma agenda neoliberal, as ultimas noticias dão como certa a abertura do processo de privatização das distribuidoras de energia pertencentes ao Sistema Eletrobras.

O CNE não ficará de braços cruzados, o coletivo vai fazer uma forte luta para barrar esse processo de privatização, por entender que estas empresas tem uma importância econômica e social para a população dos estados onde atuam. A desastrosa privatização do setor elétrico de FHC mostrou o quanto ela foi danosa para os trabalhadores e a sociedade. Foram milhares de desempregados, aumento exorbitante das tarifas, queda da qualidade dos serviços, excesso de terceirização e o aumento das mortes de eletricitários pela falta de segurança no trabalho.

No dia 30 de julho o CNE realizará ato em Goiás contra a privatização das distribuidoras de energia do Sistema Eletrobras. É fundamental a presença de todo Coletivo, participando dessa luta. É hora de dizer não ao retrocesso e as políticas neoliberais.

O Coletivo Nacional dos Eletricitários irá a todas as instâncias para impedir que a privatização aconteça. Porém, a mobilização mais importante será de todos os (as) trabalhadores (as) eletricitários da geração, transmissão e distribuição. Dialogando com a sociedade, mostrando o retrocesso que representa a agenda neoliberal.


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