Neste 8 de março, Dia Internacional das Mulheres, reafirmamos a luta por igualdade, equidade, respeito e dignidade para todas. O movimento sindical tem sido e continua sendo fundamental na defesa dos direitos das mulheres, especialmente no mundo do trabalho. Através da organização coletiva, as mulheres têm conquistado avanços importantes, como a redução das desigualdades salariais, o combate ao assédio e a garantia de condições mais justas e seguras de trabalho. No entanto, ainda há muito a ser feito.

O mundo do trabalho passa por profundas transformações, muitas delas marcadas pela precarização das relações laborais. Essa realidade afeta especialmente as mulheres, que enfrentam condições mais vulneráveis, remuneração desigual e sobrecarga de trabalho. A lógica do capital explora nossos corpos e nos submete a situações de instabilidade, ampliando desigualdades e violências estruturais. É urgente a construção de políticas públicas e legislações eficazes que garantam proteção, direitos e segurança para as mulheres. O combate à violência de gênero deve ser uma prioridade, não apenas do Estado, mas também das empresas, dos sindicatos e da sociedade como um todo. Nenhuma mulher pode ser violentada pelo simples fato de ser mulher. Nossos corpos são nosso território e devem ser respeitados.

Em um setor historicamente masculino e masculinizado como o elétrico, a presença e a atuação das mulheres têm crescido, mas ainda há desafios a serem superados. O reconhecimento e a valorização das eletricitárias precisam avançar, garantindo que os espaços de trabalho sejam seguros, respeitosos e livres de qualquer tipo de discriminação ou assédio. A rejeição e a discriminação no ambiente de trabalho não apenas limitam oportunidades, mas também adoecem psicologicamente as trabalhadoras. O respeito e a igualdade de oportunidades são fundamentais para um setor elétrico mais justo e humano.

Além disso, a saúde e segurança no trabalho devem ser prioridade. Muitas trabalhadoras enfrentam ambientes insalubres, jornadas extenuantes e falta de equipamentos com suas condições físicas e biológicas, o que compromete sua integridade física, mental e sua produtividade. É essencial que medidas sejam implementadas para garantir condições dignas, prevenindo acidentes, assédios e doenças ocupacionais. Políticas de proteção à maternidade, licença parental e ergonomia no trabalho são fundamentais para assegurar um ambiente mais justo e saudável. Essas demandas só foram possíveis graças à pressão e à organização do movimento sindical, que historicamente denuncia as injustiças e luta por mudanças concretas.

Chamamos também os homens a se somarem a essa luta. O setor elétrico tem espaço para todas e todos, e é fundamental que a presença feminina seja respeitada e valorizada. A união entre homens e mulheres é essencial para construir um ambiente de trabalho inclusivo e equitativo.

Neste Dia Internacional das Mulheres, reafirmamos a necessidade de unidade e resistência por mais mulheres nos espaços de tomada de decisões no mundo do trabalho, assegurando oportunidades iguais com salário igual e respeito as diferenças. Seguimos em luta, com força, coragem e muita energia para transformar a realidade e construir um futuro em que as mulheres possam estar onde elas quiserem.

O STIU-DF continuará se mantendo firme nessa trajetória de luta, fortalecendo a voz das mulheres eletricitárias e ampliando as conquistas que beneficiam a sociedade como um todo.