Após cinco intensas rodadas de negociação (aproximadamente 10 dias de reunião) entre o Coletivo Nacional dos Eletricitários (CNE) e a direção da Eletrobras, a empresa apresentou no dia 28/05 uma proposta ao Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) dos eletricitários e eletricitárias.
As intersindicais e os sindicatos analisaram a proposta e compreendendo que ela não atende aos anseios da categoria, decidiram encaminhar pela REJEIÇÃO da proposta, vinculada a aprovação de uma nova contraproposta, juntamente com a reabertura da mesa de negociação e um indicativo de greve a partir de segunda-feira, 10 de junho, caso as negociações não sejam reabertas.
O CNE destaca que a proposta, além de não repor sequer a inflação nos 2 anos de vigência do acordo para a grande maioria dos trabalhadores, divide a categoria e impõe aos Sindicatos dar autorização para a Empresa reduzir salários e negociar individualmente com os trabalhadores. Não podemos permitir a divisão dos trabalhadores e trabalhadoras, nem as demissões arbitrárias da empresa. Na atual proposta, a empresa definirá quem sai, o que cria uma situação de enorme insegurança para toda a categoria. Cabe destacar que a Eletrobras não acatou a figura do Plano de Demissão Voluntária (PDV).
Para o Coletivo, a proposta pautada na redução do quadro certamente afetará o sistema elétrico como um todo, uma vez que a empresa estaria abrindo mão de um quadro técnico altamente qualificado. Assim, a ideia de rejeitar a proposta e reabrir a mesa de negociação visa garantir uma proposta justa e segura para a categoria e, consequentemente, para o sistema elétrico nacional.
Caso a Empresa não reabra a negociação, vamos solicitar a Mediação do Tribunal Superior do Trabalho (TST).
Neste momento importante da campanha salarial, pedimos a todos os trabalhadores e trabalhadoras que fiquem atentos às convocações dos sindicatos para as Assembleias. Contamos com a sua participação ativa. Não aceitem nenhum tipo de pressão da direção da Empresa. Se houver qualquer tipo de coação, denuncie ao seu Sindicato.
Quem ilumina o Brasil merece respeito por um ACT Justo e Digno para todos!