A Frente Brasil Popular emitiu uma nota de apoio à greve dos trabalhadores e trabalhadoras do sistema Eletrobras que teve início nesta segunda-feira (11). A paralisação da categoria eletricitária tem como objetivo a retirada da Eletrobras do Plano Nacional de Desestatização. Além disso, os eletricitários exigem a saída do presidente da estatal, Wilson Pinto.

Leia na íntegra a nota de apoio da Frente Brasil Popular:

A Frente Brasil Popular apoia a greve da categoria organizada no Coletivo Nacional dos Eletricitários (CNE) que acontecerá nos dias 11, 12 e 13 de junho (de segunda a quarta-feira) da semana que vem em defesa da Eletrobrás, empresa que, entre suas funções, estabelece o preço da luz que chega à casa do povo brasileiro.

Desde a chegada do atual presidente Wilson Pinto, a Eletrobrás sofre ataques diários com tentativas de privatização. A Frente Brasil Popular está ao lado dos trabalhadores e trabalhadoras que resistem e que nesta semana obtiveram importante vitória com a liminar de uma Ação Cível Pública em que a justiça reconhece que o processo de privatização precisa levar em conta os impactos nos direitos trabalhistas.

O povo brasileiro não pode pagar mais essa conta. O governo de Michel Temer e sua base querem que o país volte ao tempo dos “apagões” da gestão do tucano Fernando Henrique Cardoso. Se a Eletrobrás for vendida, os interesses que estarão à frente da política de preço será o do lucro. Como ficarão programa sociais como o Luz para Todos, a energia elétrica para os hospitais, escolas, universidades, nas empresas? Se tiver que pagar mais na conta de luz, serão os empregos que serão novamente atacados.

Estamos vivendo essa política privatista na Petrobras e sabemos bem o que acarreta não ter uma política de preços que vise a sociedade e o desenvolvimento nacional.

As usinas da Eletrobrás vendem a energia elétrica mais barata do Brasil, porque conseguem produzir eletricidade de forma eficiente com custos baixíssimos e 87% de sua produção é à base de água. Enquanto a população paga em média R$0,68 por KWh, as grandes empresas pagam R$ 0,07 por KWh. Com a privatização, a ANEEL já reconheceu que estes preços serão revisados e aumentados pelo menos 30% em contratos que tendem a 30 anos de duração.

Por isso, todo apoio à Greve Nacional dos Eletricitários. Os trabalhadores e trabalhadoras não podem pagar pela ganância dos investidores internacionais. Vamos apoiar nas atividades grevistas, com notas das entidades que compõem a Frente Brasil Popular e ajudar a mobilizar a sociedade para expressar a resistência contra esse ataque de Temer e sua base.

A Eletrobrás é do povo brasileiro. Contra a privatização e aumento do preço da energia.

São Paulo, 10 de Junho de 2018.

Frente Brasil Popular